segunda-feira, 17 de maio de 2010

As mulheres que um dia se tornarão

Não há nada tão inspirador para um homem do que estar acompanhado de uma mulher plenamente formada. Mas o que vem a ser “uma mulher plenamente formada”? Lembremos da primeira namorada.

Aquela criatura desengonçada que você levou ao cinema, que não sabia direito como fazer, como beijar; aquela criatura grande, desproporcional na vestimenta, que deixava o coração em brasa; a mesma criatura que não sabia espremer as próprias espinhas, pois saia na rua com vermelhões nas bochechas, um pingo de sangue no canto da face, que o cabelo nem sempre escondia. Enfim, um tal poço de encanto monstruoso que fascinava por uma graça que só existia na idealização do amante de primeira viajem – e hoje você, homem, conclui que tinha coragem de sobra para encarar “aquilo”; e você, hoje mulher, conhecedora de si mesma, entende perfeitamente o que significa o termo “vergonha alheia” ao lembrar .

Aiai...

Então vem o trato com o armário, batons, esmalte, os perfumes descentes (após longo tempo). Do lado delas, o alvo vai se definindo, atingível ou não, em meio à competição das rivais. Vem a busca por si mesma... Depois de muita competição, quedas, garra e perseverança, surge uma mulher, tal como da própria pedra bruta é talhado um perfil gracioso, milimetricamente perfeito no todo, harmonioso até mesmo na imperfeição que ficou aqui e ali. No julgamento acerca do todo, ela é sempre companheira.

Aqui temos uma mulher plenamente formada, esta criatura que inspira conquistas, não importando quão tortuosa possa ser a caminhada. Uma mulher para a vida toda – se ela quiser...

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